28 – Um mestre da Lei que estava ali ouviu a discussão. Viu que Jesus tinha dado uma boa resposta e por isso perguntou: – Qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei?
29 – Jesus respondeu: – É este: “Escute, povo de Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.”
30 – “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente e com todas as forças.”
Marcos 12.28-30 NTLH
Desde a queda, o homem busca uma reconciliação com o seu Criador. Os ritos e sacrifícios, as leis e religiões são meios utilizados por muitos em busca dessa reaproximação.
As escrituras revelam que Deus também se mantém preocupado com essa relação com as pessoas, visto que o pecado afastou toda a humanidade da presença de Deus.
Mas, como deve ser esse relacionamento com Deus?
Existe algum padrão que devamos observar a fim de nos relacionarmos melhor com Deus?
Certamente que sim. O padrão requerido para que o homem volte a comunhão com Deus envolve:
a) Extrema lealdade a Deus
Jeremias 5.3 NTLH “O que o SENHOR quer é fidelidade. Ele os castigou, mas vocês não se importaram. Ele os esmagou, mas vocês não aprenderam a lição; foram teimosos e não quiseram voltar para ele.”
Gálatas 5.22 NTLH “Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade.”
b) Ausência da auto suficiência humana
Gálatas 2.20 NTLH “Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim.”;
c) Dependência total de Deus
Salmos 5.11 NTLH “Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu santo Espírito.”
d) Consciência acerca do verdadeiro culto a Deus
Romanos 12.1 NTLH “Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus.”
A pergunta que surge é a seguinte: Como satisfazer todos esses e outros requisitos?
A resposta está explícita em Marcos 12.30 – “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente e com todas as forças.”
Nenhuma virtude está mais qualificada do que o amor, por isso, o mandamento principal que resume tudo aquilo que o Senhor espera de nós, para que tenhamos comunhão plena com Ele é o amor. Moisés está orientando o povo de Israel ao afirmar: “Escute, povo de Israel! O SENHOR, e somente o SENHOR, é o nosso Deus.
5 Portanto, amem o SENHOR, nosso Deus, com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças.” Deuteronômio 6.4,5.
Vamos refletir um pouco mais sobre o tema, com base em alguns momentos vividos por três homens que viveram em épocas distintas.
I – JACÓ, DEMOSTRA UM AMOR BASEADO NA CONDICIONALIDADE.
“E Jacó votou um voto dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestidos para vestir; e eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus.” Genesis 28.20.
Não restam dúvidas de que a experiência de Jacó fora extraordinária; Todavia, não era esta a melhor resposta a ser dada para Deus, nem este tipo de amor que o Senhor espera dos que são seus.
a) É um amor que se baseia na condicionalidade. Eu amo desde que haja algum retorno;
b) É um amor extremamente materialista. A adoração, o culto, a devoção esta totalmente ligada ao que se vê. Só se crê, quando se vê ou quando se tem alguma coisa. Amor que não sofre;
c) É um amor que busca seu próprio interesse. Está voltado para si mesmo. SE ME HONRARES EU TE HONRAREI.
II – PEDRO UM AMOR CONFESSO DA BOCA E NÃO DO CORAÇÃO.
“Então Jesus disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão… Mas Pedro, respondendo, disse-lhe: Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei“ Mateus 26.31-33.
Mesmo em si tratando de um dos discípulos do Senhor, esta forma de amar a Deus, não deve ser aquela a qual possamos enquadrar como paradigma ou modelo.
a) O sentimento de Pedro poderia ser forte, porém não o suficiente para suportar as pressões da vida;
b) É um amor que não confessa, mas que se envergonha diante das ameaças;
c) Não pode servir de padrão, pois é um sentimento dominado pela instabilidade, com a mesma boca que confessa, se nega.
III – HABACUQUE DECLARA O VERDADEIRO AMOR QUE DEUS ESPERA DE NÓS.
A atitude requerida por Deus foi encontrada na adoração de Habacuque.
O que faltou a Jacó e a Pedro evidenciou-se em Habacuque. Isto porque a confiança de Habacuque não se estribava nas riquezas, comida, vestimenta, ou ausência de perigo. Ela estava em Deus.
“17 Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não dêem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, 18 mesmo assim eu darei graças ao SENHOR e louvarei a Deus, o meu Salvador. 19 O SENHOR Deus é a minha força. Ele torna o meu andar firme como o de uma corça e me leva para as montanhas, onde estarei seguro.” Habacuque 3.17-19 NTLH. O amor de Habacuque:
a) Não estava firmado nas situações negativas do nosso dia-a-dia;
b) Não lhe roubava ou minava o ânimo para adoração;
c) Atribuía a Deus toda sua estrutura de sustentação emocional;
d) Demonstrava total confiança na provisão de Deus. Verso 18 – “mesmo assim eu darei graças ao SENHOR e louvarei a Deus, o meu Salvador”.
Qual é o seu tipo de amor por Deus?
1º. Baseado na condicionalidade, eu o amo desde que…
2º. Baseado em palavras vazias sem sentimento algum
3º. Baseado na confiança do Senhor, independente do momento em que está vivendo.
O amor que Deus espera de nós é o amor verdadeiro, que se manifesta tanto em situações favoráveis quanto adversas. É o amor que envolve todo o coração, com toda a alma, com toda a mente e com todas as forças.
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